O Brasil atingiu nesta sexta-feira, 28, a menor taxa de mortes pela Covid-19 desde o dia 21 de maio. A média móvel ficou em 887,6 casos, um pouco superior à de 864,9, registrada há mais de três meses.
Com a média móvel, utilizada por VEJA, é possível anular as variações diárias do registro feito pelos órgãos públicos de saúde. A conta é realizada a partir da soma do número de casos e mortes nos últimos sete dias, dividida por sete.
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Nos últimos catorze dias, apenas uma vez a média móvel superou a barreira de 1.000 mortos no país (no sábado, 22, quando chegou a 1.002,6), contrariando o que ocorrera em julho, quando a taxa foi superior a esse indicador durante quase todo o mês (ficou abaixo em apenas dois dias).
Para configurar desaceleração na pandemia, é preciso ainda haver uma redução superior a 15% em relação aos 15 dias anteriores. A média atual é 10,6% menor que a registrada nas últimas duas semanas e, portanto, ainda está dentro do intervalo de estabilidade. A taxa de transmissão também precisa estar abaixo de 1. O índice foi alcançado na semana passada, quando chegou a 0,98, mas voltou a subir para 1 nesta semana, com variação de até 1,12, de acordo com dados da Imperial College.
Entretanto, há um forte indício de que o Brasil começa a se distanciar do último pico de mortes da média móvel ocorrida em 25 de julho, quando foram registrados 1.096,7 óbitos, e de que o país possa começar a sair do platô de queda de mortes observado desde o início de junho, em direção à queda na curva.