No vídeo, o belga Walter Henri Maximilien Biot aparece se movendo com dificuldade e leva seu cachorro para passear. Mensagens mostram ameaças a testemunha do caso.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela TV Globo mostram os últimos momentos de Walter Henri Maximilien Biot vivo. Walter era marido do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, que foi denunciado pela morte do companheiro e está foragido.
Uma testemunha foi ameaçada pelo cônsul alemão. Um espanhol recebeu mensagens quando o Uwe Herbert Hahn já estava na Alemanha, após ter fugido do Brasil. Na segunda-feira (29), a Justiça tornou o cônsul réu pelo homicídio e solicitou a inclusão do nome dele na lista de foragidos da Interpol.
Nas imagens, Biot aparece na garagem do prédio onde morava. Com dificuldade para se movimentar, ele cai no chão, e depois utiliza o corrimão da rampa para se levantar.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, passaram-se sete horas do momento em que Biot voltou ao apartamento até o momento em que Uwe avisou ao porteiro sobre o estado de saúde do marido.
Segundo as investigações da 14ª DP (Leblon), Uwe ameaçou uma testemunha através de mensagens, enviadas nesta terça-feira (30). O cônsul alemão disse que iria enviar informações mentirosas para a polícia sobre a testemunha caso ela não retirasse as acusações contra ele.
“Eu estou seguro. Você não. E você conhece a polícia, eles vão adorar a verdade sobre você, Loik e os outros. A delegada vai publicar tudo, mesmo sem prova”, disse em uma das mensagens obtidas pelo RJ1.
“Eu não preciso estar seguro, ou fugir do país, ao diferente de você. Você é um assassino e matou meu amigo e vai pagar por isso”, afirmou a testemunha.
Em seguida, ele diz que Walter era aterrorizado com Uwe:
“Você é procurado pela Interpol, ontem condenado a retornar à prisão, eu não vendo droga alguma, diferentemente de você, e se você matou seu marido e sabe disso. E eu não peguei dinheiro do seu marido que você ama tanto é que você deixou aqui. Era Walter que sempre me ajudava e que se escondia de você, que era submisso a você, que era aterrorizado por você”, acusou a testemunha.
A Polícia Civil vai investigar o caso como coação no curso do processo.