Um incidente recente em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro, trouxe à tona a vulnerabilidade enfrentada por Eluan Cristine da Silva, que alega ter sido agredida pelo ex-companheiro, Wilson Magalhães Teixeira Filho, mesmo com duas medidas protetivas em vigor. O ocorrido, datado da última quarta-feira (8), teve lugar no centro espírita que Eluan frequenta, onde o agressor a teria abordado, resultando em agressões físicas e verbais.

O temor da família se justifica, pois Wilson, além de ser professor de jiu-jítsu e lutador, estava sujeito a uma ordem judicial que o obrigava a manter uma distância mínima de 500 metros tanto de Eluan quanto de seus familiares. Adicionalmente, a Justiça havia determinado a busca e apreensão de uma arma de fogo que ele possuía.

Eluan relata que as agressões se intensificaram desde que iniciou um novo relacionamento após a separação. Os ataques, concentrados principalmente em seu rosto, também se estenderam a outras partes do corpo, incluindo braços e pernas. Além disso, ela expôs uma troca de mensagens em que Wilson a ameaçava.

Diante da recorrência da violência e do descumprimento das medidas protetivas, Eluan procurou novamente as autoridades, registrando um novo boletim de ocorrência na 43ª DP (Guaratiba) e submetendo-se a um novo exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML).

A história de Eluan e Wilson remonta a um relacionamento que começou quando ela tinha 17 anos e se prolongou até os 34 anos, marcado por episódios de violência doméstica, física e sexual. Apesar da separação há dois anos, foi apenas recentemente que Eluan conseguiu que Wilson deixasse o lar que compartilhavam, há cerca de um ano.

As autoridades policiais abriram um novo inquérito na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande. A vítima já prestou depoimento, enquanto o agressor foi intimado a prestar esclarecimentos sobre os acontecimentos.