Produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, a CoronaVac é atualmente uma das vacinas mais promissoras em desenvolvimento para a Covid-19 e agora conquistou mais uma etapa importante. Testes feitos com 50 mil voluntários na China mostraram que o imunizante é seguro e não apresentou efeitos colaterais importantes — 3% dos participantes sentiram dor leve no local de aplicação e 0,2%, estado febril.
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No início de setembro, o estudo clínico com a vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em colaboração com a Universidade de Oxford, chegou a ser suspenso por alguns dias após um voluntário ter apresentado um sintoma grave neurológico ao longo dos testes.
No Brasil, até agora foram 6 mil homens e mulheres testados com a vacina chinesa, também sem efeitos adversos. A Coronavac ainda induziu a produção de anticorpos em 98% dos voluntários.
O Butantan criou uma logística que o faz estar preparado para o momento em que os resultados finais sobre a eficácia do imunizante estiverem prontos. A previsão é que na primeira quinzena de outubro cheguem da China 11 milhões de doses ao instituto. Destas, 5 milhões estarão já envazadas e mais 6 milhões serão processadas aqui. Mais cerca de 40 milhões de doses estão previstas para chegar até dezembro. Até fevereiro, serão 60 milhões no total.
A produção da CoronaVac deverá crescer exponencialmente. Uma das empresas mais ricas do planeta, a chinesa Alibaba, anunciou que investirá nos estudos do imunizante.