Pela primeira vez desde o início da flexibilização da quarentena no estado de São Paulo, todas as regiões estão na fase 3, amarela, do Plano SP. O estágio permite a retomada da maior parte das atividades econômicas, mas com restrições. As duas últimas regiões que ainda estavam na fase 2, laranja, eram Ribeirão Preto e Franca. Segundo o governador João Doria (PSDB), após melhoria nos indicadores, essas regiões puderam ser reclassificadas, de forma extraordinária, nesta sexta-feira, 11.
Doria anunciou também uma alteração no período de intervalo entre as reclassificações do Plano SP. A nova regra vai ao encontro da exigência de que a região deve estar há, no mínimo, 28 dias na fase amarela para poder avançar para a fase verde, a penúltima do programa.
“Essa nova classificação equaliza os cuidados com a saúde, com uma atividade econômica razoável e mais estável e também nos dá um folego pro comitê pra fazer um acompanhamento dos indicadores da pandemia nas próximas 4 semanas. Nós temos que garantir que nós vamos trabalhar com maior segurança na migração da fase amarela para a fase verde e posteriormente para a fase azul”, disse o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, José Medina.
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Já o retrocesso pode acontecer a qualquer momento. No entanto, o retrocesso será diretamente para a fase vermelha, na qual apenas atividades essenciais podem funcionar. Não haverá retrocesso para a fase laranja.
“Se houver piora significativa dos indicadores, manteremos a regra de rebaixamento imediato para a fase vermelha em qualquer região do estado. Não haverá retorno, portanto, para a fase laranja, o que aumenta a responsabilidade de prefeitos, prefeitas, e da própria população”, destacou Doria em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 11.
O estado de São Paulo está há oito semanas com queda nas internações por Covid-19 e há cinco semanas com redução nos óbitos pela doença. Nesta sexta-feira, 11, o número de casos confirmados da doença no estado de São Paulo chegou a 882.809 e o de mortos a 32.338. Os leitos de UTI exclusivos para Covid-19 no estado trabalham com 52,5% de ocupação e na Grande São Paulo, com 52,2%.