Delegado Rafael Gomes é levado para Casa de Custódia, em BH, depois de internação em hospital e clínica psiquiátrica de Juiz de Fora

Investigado na Operação ‘Transformers’, policial ficou pouco mais de 30 dias no Hospital Ana Nery. Transferência para a capital é cumprida após decisão judicial.

Uma ordem judicial determinou que o delegado Rafael Gomes, preso durante a Operação “Transformers”, em outubro de 2022, seja encaminhado à Casa de Custódia, em Belo Horizonte.

Desde mês passado, ele estava no Hospital Ana Nery, no Bairro Grama. Antes disso, ficou internado em uma clínica psiquiátrica de Juiz de For, após ter revogado o pedido de liberdade dele e de outros policiais investigados. Com a revogação, o grupo chegou a ser solto em junho deste ano, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) exigir o retorno dele à prisão em setembro.

Rafael deixou o Ana Nery nessa quinta-feira (26) e, conforme informações da Polícia Civil, seria levado para a Casa de Custódia da corporação, em Belo Horizonte.

O g1 fez contato com a defesa do policial, que disse que não se pronunciaria, uma vez que o caso segue em segredo de Justiça.

Operação completou um ano
Rafael Gomes, que já foi titular da Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico, e outros seis investigadores da Polícia Civil, foram presos no dia 20 de outubro do ano passado, durante a Operação “Transformers”;

A ação foi realizada no intuito de desmantelar a organização criminosa, investigada por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção, roubo, receptação e adulteração veicular em Juiz de Fora e região.

Segundo o Ministério Público, o grupo seria responsável pelo fornecimento e abastecimento de entorpecentes para traficantes da Zona da Mata mineira. Entre os núcleos, haveria setores responsáveis pela:

logística, que envolvia o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas;
setor financeiro, que cuidava da parte gerencial da atividade econômica, notadamente do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro;
setor de corrupção, responsável por proteção dos negócios ilícitos com informações privilegiadas de atividades policiais e demais condutas para evitar a responsabilização de integrantes da organização;
núcleo de liderança, que coordenava e controlava as atividades.
Ao todo, a movimentação financeira do grupo teria sido em torno de R$ 1 bilhão.

De acordo com o processo, Rafael e outros investigados recebiam pagamentos frequentes, ao que tudo indica, de R$ 30 mil.

 

O Diário Regional

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