Vacina não é garantia de que carnaval poderá ser ‘normal’ em 2021, dizem especialistas

A carioca Carla Mauro é apaixonada pelo carnaval do Rio, mas já sabe que no que vem a festa ainda não é certa como sempre pareceu. “Eu frequento bloco, eu saio em escola de samba. Mas, nesse momento, a gente tem que priorizar a proteção, principalmente das pessoas mais idosas e que estão em mais risco”, opina a moradora. Os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro de 2021 foram adiados. A decisão foi tomada em conjunto entre a Liga Independente das Escolas de Samba e representantes das agremiações e ainda não há uma data definida para o evento. Jorge Castanheira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, disse que a produção de uma vacina em massa é primordial para se definir os rumos do carnaval brasileiro, e que neste momento, é cedo para tomar qualquer decisão. “Paciência e a tecnologia das vacinas nos dá um certo alento de que dias melhores virão, mas a gente não pode afirmar isso. Estamos projetando que até janeiro a gente tenha essa certeza do que está por vir”, diz.

A professora Maria de Lourdes concorda com o adiamento e acha que carnaval seguro só mesmo depois da criação da vacina. “A gente tá vendo que não estão tomando os cuidados necessário. Se já tivesse uma vacina ainda poderia ser, mas como ainda não sabemos foi medida mais acertada”, acredita. Apesar da grande expectativa, o infectologista Ivan França lembra que o desenvolvimento da vacina é um processo complexo, que envolve diferentes fases e etapas. Segundo o especialistas, ainda que a eficácia de um possível imunizante seja comprovada, imunizar toda a população brasileira vai exigir estratégia e tempo hábil.

*Com informações da repórter Caterina Achutti

Fernanda de Souza

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