Japan Airlines deixará de usar ‘senhoras e senhores’ e vai adotar saudações de gênero neutro


Aérea segue movimento de outras companhias aéreas globais na adoção de linguagem mais inclusiva para os passageiros. Aeronave da Japan Airlines, que apresenta mapa do assento do bebê para permitir que os passageiros evitem bebês
Divulgação
A Japan Airlines (JAL) anunciou que irá deixar de usar a expressão em inglês “ladies and gentlemen” (em português, “senhoras e senhores”), passando a saudar os passageiros apenas com cumprimentos de gênero neutro como “bom dia” ou “boa noite”, seguindo outras companhias aéreas globais na adoção de linguagem mais inclusiva para os passageiros.
A medida será adotada a partir de 1º de outubro em voos e aeroportos em todo o mundo operados pela companhia. Segundo informou a mídia local, “Atenção a todos os passageiros” e “Bom dia a todos” (“attention all passengers” e “good morning everyone”, em inglês) estarão entre os novos termos adotados.
“Aspiramos ser uma empresa onde possamos criar uma atmosfera positiva e tratar a todos, incluindo nossos clientes, com respeito”, disse à Reuters o porta-voz da Japan Airlines, Mark Morimoto. “Temos o compromisso de não discriminar com base em gênero, idade, nacionalidade, raça, etnia, religião, deficiência, orientação sexual, identidade de gênero ou outros atributos pessoais”, acrescentou.
O anúncio ocorre no momento em que os defensores da igualdade de gênero afirmam que o apoio corporativo aos direitos LGBT+ está crescendo no Japão socialmente conservador, onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é permitido e continua sendo visto como tabu.
Várias companhias aéreas ao redor do mundo já fizeram mudanças semelhantes em seus protocolos. A Air Canada e a companhia aérea europeia de baixo custo EasyJet anunciaram no ano passado que abandonariam “senhoras e senhores”.
Segundo as agências internacionais, a JAL é a primeira companhia aérea asiática a adotar essa prática. Em março, a Japan Airlines anunciou que permitiria que as comissárias usassem calças e abandonassem seus saltos altos no trabalho, após uma campanha feminista que decolou.
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Fernanda de Souza

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